26 de nov. de 2010

Entrevista Restart.

Acabei de achar um entrevista, da banda Restart, então decidi postar para vocês:

Vocês estão passando por uma temporada muito boa. O canal de vídeos do Youtube já ultrapassou 36 milhões de visitas. O que vocês acham disso?
Pe Lu: É demais. E pra gente estar gravando aqui hoje, com a galera do Boomerang, também é muito legal. Gravar o Boombox, que é um programa que traz uma galera de alto nível, é demais. Entrar nesse seleto grupo de bandas pra fazer esse programa tão legal, ganhar prêmios, ganhar disco de ouro, fazer todos os shows que a gente tem feito, rodando o Brasil inteiro, isso tudo faz parte de uma fase sensacional que a gente tá vivendo.
Pe Lanza: Estão rolando várias oportunidades pra gente, como o Pe Lu falou. Tocar no Brasil inteiro, poder gravar em espanhol… E tomara que dê certo, quem sabe a gente engata uma carreira internacional. São oportunidades que estão sendo dadas à Restart e a gente tá aproveitando com todo o carinho do mundo e apostando muito forte.
E ainda rola um nervosismo antes de gravar?
Pe Lanza: Ô, bastante. Tá rolando um nervosismo aqui, agora. É que vão rolar umas surpresinhas aí no Boombox. E dá um nervosismo: “Será que tá tudo certinho? Será que tá legal?”. Se não rolar o friozinho na barriga, acho que perde a graça, né?
Pe Lu: Ah, sim. E a gente tá passando também por coisas diferentes. Nesse ano, a gente tocou em Barretos, em uma festa de peão, que não tem nada a ver com a gente, não tem nada a ver com rock. Então a gente tava com um frio na barriga absurdo, e foi sensacional, todo mundo recebeu a gente super bem. Todo show tem sido uma experiência nova. E a gente gosta do frio na barriga, por isso tá sempre inventando coisa nova, pra não perder a graça.
Vocês têm muitos fãs crianças, é possível ver aqui na gravação. Vocês esperavam atingir esse público?
Pe Lanza: A gente tem feito nosso trabalho com toda a sinceridade do mundo. A gente passa na nossa música um jeito de ser que é nosso mesmo, que é o Tominhas, o Pedrinho, o Pedro Lucas e o Lucas, sabe? Passamos o que somos, nós quatro. E acho que a melhor parte do nosso trabalho é o reconhecimento dessa galerinha pequena. A criança é pura, não tem maldade nenhuma. Se a galera gosta e fica feliz em ver a gente, a gente sente uma verdade. E é muito bonito ver as crianças no show curtindo. Ouvir menino de 6 ou 7 anos falando “Você é minha inspiração. Quero ter 11 anos e começar a tocar também, igual a você” dá vontade de chorar. Não tem coisa melhor no mundo do que você ser influência pra uma criança.
O gênero rock, quando surgiu, foi muito demonizado. Hoje, vocês têm um gênero novo, que é um rock atualizado. Tem muita gente que gosta, mas tem muita gente que ainda não aceita. Como vocês acham que vai ser esse processo do público mais conservador começar a aceitar o Happy Rock?
Pe Lanza: Acho que qualquer coisa nova que chega é difícil de ser aceita. Veio NX Zero e vieram outras bandas, e foi difícil serem aceitas. Com a gente não vai ser diferente. Mas críticas e todas as paradas assim, até mesmo de um público mais conservador, a gente ouve numa boa e tenta amadurecer a partir disso. É bom ouvir críticas, pra crescer musicalmente e como pessoa também. Então, pra gente é muito normal. A gente tá fazendo tudo no nosso tempo, o mais natural possível, e nunca dá pra agradar todo mundo. Se a gente conseguir entrar no coração dessas pessoas e mostrar que a gente faz um som verdadeiro, acho que a galera vai se emocionar.
Pe Lu: E o rock’n’roll, quando apareceu, tinha um motivo pra ser contestador. Não era contestador por ser contestador. Nos anos 60 e 70, você tinha um motivo pra fazer daquele jeito, sabe? Acho que você não precisa do “sexo, drogas e rock’n’roll” pra mudar a sociedade. Naquela época, tinha um sentido ser escrachado, era um momento conservador. Você não podia falar as coisas, você não podia agir de certas formas. Só que, hoje em dia, a gente vive um inverso total. Por causa daqueles caras, a gente conseguiu uma liberdade. Mas não é uma liberdade que todo mundo sabe usar. Então, o que a gente tenta passar é que, primeiro, você tem “n” formas de mudar o mundo. Uma delas é ser contestador. Mas é somente uma delas. Há outras duzentas formas de você fazer a diferença na vida das pessoas e de fazer a diferença para as pessoas. Vide o Michael Jackson, que era um artista que ajudou milhares de pessoas, direta ou indiretamente, e nunca teve um discurso politicamente incorreto. Ou Guns’n’Roses, que tinha um discurso totalmente incorreto, mas serviu pra mudar um monte de coisa. Então, a gente tem a nossa forma de mudar o mundo, ou de entrar na vida das pessoas. Que é a forma que mais faz sentido pra gente agora – o lance do amor e do valor aos amigos, à família, além de outra forma de se enxergar o sexo, as drogas, o álcool. Se, daqui a cinco anos, a gente achar que tem que ser mais contestador e falar sobre política ou outras coisas, nas nossas letras e nas nossas músicas, e se fizer sentido pra gente, a gente vai falar. Mas enquanto isso é a nossa verdade, se é o que a gente se sente bem fazendo, a gente não vai ser contestador ou mais rebelde só pra agradar quem não gosta, sabe? A gente vai fazendo, as pessoas podem gostar ou não, mas o que a gente queria é o respeito, sabe? A gente não tem a pretensão de agradar todo mundo. Críticas são super bem aceitas, sempre.

Clique aqui para ler mais sobre a entrevista da banda Restart)

Nenhum comentário: